sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Seis e Trinta e Cinco -Video
mas se está com preguiça de ler vc pode assistir!
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Tia Márcia prevendo o futuro...
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Boias são metáforas...
Gosto de pensar
e isso me faz até um bem
que sou uma pessoa forte
alguém que caminha além
por que depois de pensar na vida
depois dessa caminhada
descobri que houve muita coisa
descobri que não houve nada
Gosto de pensar
e isso até me dá alegria
que eu com dignidade
aprendi a gostar da minha própria companhia
por que depois de sofrer sozinha
o normal a qualquer vivente
encontrei dentro de mim
uma pessoa diferente
diferente dessa gente
que depois de um naufrágio
não resiste a maré
e nada desesperada
se agarrando a primeira boia que houver
pois que nadei sozinha
enfrentei mar revolto
e o céu tempestuoso
ás vezes muito quietinha
Cheguei então a praia e não acreditei,
quando olhando de volta pro mar vislumbrei
posso nadar novamente em outros mares
se um dia quiser
por que depois da tempestade
o que há de ser uma maré?
Quem ancorado na boia se firma
ancorado na boia se finda.
Não aprende a nadar jamais
Passa a vida no vislumbre do cais
Querendo muito chegar
Mas longe de qualquer lugar.
àqueles que sofrem a conta gotas
para evitar a dor maior
jamais saberão
que quando a batalha termina
quando a luta se finda
a terra firme que o espera
é sem duvida
a maior vitoria da guerra...
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
A Questão Mourisca -parte 1
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Poema do Homem que Não Existe
ganhar minha atenção
Terá de ser o primeiro
a aprender a dizer não.
Não fico muito contente
com aquele cara presente
sempre com a boca sorridente
a dizer sim condescendente.
Na verdade o que vou dizer
É que estou cansada
desses homens que me deixam correr.
Ae eu corro, eu fujo
E pra voltar não faço esforço
Se você com tudo concorda
Não é digno do meu reforço.
Por que ando preguiçosa
Desses vale paraibanos parados
A orbitar pelas baladas
Incapazes de formar frase descente
Se fingindo de inteligente.
Concluindo o que penso
Não gosto de homem que pede beijo
Quem pede se subjuga
Quem pede mostra ter medo
Se risco do tapa bem dado
É maior que a expectativa
De um grande beijo roubado
É melhor que volte pra casa
Dormir com a mamãe do lado!
=)
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Verão no Aquário * ou O Buda de Camiseta do Fiuk
- A morte?
-Não. A de que meu nome é mais falado naquele lugar do que gente pedindo pão francês na padaria.
-hahaha, será?
-Certeza. Até por que se eu bem me lembro, a diversão é olhar para fora e contar as modas novas. Como se tudo não passasse de um grande aquário, gigante,onde as pessoas estão presas olhando para fora esperando sua chance de sair.E esse negocio do aquário te pega tão de jeito que você demora a se dar conta que saiu. E quando alguém consegue sair, há o ressentimento de quem ainda não conseguiu escalar as grandes paredes de vidro. Você sabe..
-Mas o que isso tem a ver com o que tem falado?
-Você sabe que cobras também moram em aquários, não?
- Sim, me lembro de uma vez no Butantã, do medo ao caminhar pelos corredores , mal me movia, com medo de derrubar um daquele aquários, um daqueles vidros... não sei, foi uma sensação horrível...
-Você sabe que por muito tempo caminhei assim e não vou negar, com os braços encolhidos e os movimentos tolhidos, tamanho medo de despertar as cobras.
- Ah mas não me venha dar uma de ratinho desprotegido , até onde eu sei, o veneno, bem, esse não te falta.
-Sim, não falta veneno e não falta vergonha na cara também, você sabe, para se destilar veneno é melhor que tenha bons antídotos guardados no bolso, mas eu ultimamente acabei gastando os meus por ai, então fiquei sem nenhum. Dai to nessa ressaca de veneno, que não sei se rio ou choro mediante as coisas que ando vendo.
-Nem ri nem chora, sei lá. Ignora.
-Ignoro. É uma boa ideia, você é sábio como um Budazinho, vou esfregar essa sua barriga e isso me trará muita sorte.Se não sorte, um pouquinho de diversão! Acho que eu devia trabalhar mais um pouco.
-Trabalhar? Mais? Uma que você não precisa tanto assim de dinheiro e mal tem tido tempo de decorar suas falas direito.
-Se tem uma coisa que adoro é ficar irritada com as questões do meu trabalho por que são superficiais de tal forma que me permitem não pensar mais em muita coisa e ao chegar em casa estou tão exausta que desabo na cama em sono tão negro e profundo, uma cegueira doce temporária, que me apaga a memoria e leva tudo embora.
-E o tupperware da sua mãe? Queimou?
-Queimou nada, deu uma derretidinha, mas na verdade nem tinha muito ali pra se queimar. Meia duzia de fotos e umas cartinhas tão falsas e distantes que me soaram como aqueles cartões que você compra nas lojas de conveniência do posto de gasolina quando esquece o aniversário de alguém e precisa de um presente de emergência para não ficar feio. Acho que foi bem por ai, nada como uma noite dessas para trazer a tona essas definições, falso e distante como cartões de lojinhas de conveniência!hahaha tô ficando impagável!O que mais achei engraçado depois foi que mesmo mediante todo o espetáculo dramático no quintal ela só pôs a cara na janela e gritou"vai queimar minha vasilha!" E nem queimou nada, derreteu só um pouquinho.
-Hahaha. Mas, e agora?
-Uai, vou comprar outra vasilha para ela assim que melhorar da ressaca de amanhã.
-Isso sim. É caro uma vasilha?
- Nada no 1,99 você compra várias por uma bagatela.
-Baga o que?
-Tela. Bagatela. Coisa barata. Nem me olha com essa cara por que essa gíria nem é da minha adolescência também. minha mãe que fala isso. Bagatela....hahaha engraçado!
- E depois disso tudo?
-Ainda se falará muito. Na verdade se falará enquanto eu der motivos para isso.E provavelmente eu darei por que na verdade acredito que deva ter se tornado algo de muito divertido me maldizer pelos cantos, tem gente que a gente adora odiar, não?
-Isso é bem tipico mesmo.Vejo isso na escola o tempo todo.
-Na escola, meu deus do céu,não diga essas coisas por que me sinto uma pessoa ruim. Isso sim me faz sentir uma pessoa ruim!
- Para com isso, que besteira. Eu acho que a gente devia ir pra outro canto.
-Eu achava também por que esse assunto já rendeu.
- Na verdade acho que rendeu mais que devia, o mundo esta cheio de coisas melhores a se fazer, vamos?
- Você é um bom menino! Vamos, antes que roubem meu carro e fiquemos a pé pra sempre.
-hahaha pra sempre por que? Se roubarem seu carro você nunca mais poderá andar em outro?
-Se roubarem meu carro fico sem teto! Se minha mãe já fez escândalo pelo tupperware imagine pelo carro?
-Faz sentido, faz sentido....
-Ow tia, vê a conta ai pra gente!
* Nome de um romance da afamada escritora Lygia Fagundes Telles.
domingo, 18 de setembro de 2011
Aquilo ou Mais Uma História Sobre Casamentos de Fachada
sábado, 20 de agosto de 2011
Os doces anos 50.....
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Conselho de Segurança.
Ele foi embora sem responder nada. Era tarde demais.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Portas são Metáforas ou O Posfácio do Epitáfio
Um dia qualquer ele resolveu abrir a porta e ver o que estava acontecendo lá fora. O que não deixa de ser louvável, uma vez que há muito que se ter pena de quem morre e não vai a porta pelo menos uma vez na vida.
domingo, 7 de agosto de 2011
Sadismo Materno
sábado, 30 de julho de 2011
História não muito triste sobre a morte de um rapaz....
terça-feira, 26 de julho de 2011
Não trocaria um sorvete de flocos por você...
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Sonhos de Veraneio numa Tarde em Tremembé.........
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Seu Fritz
terça-feira, 28 de junho de 2011
Somewhere Only We Know....
domingo, 26 de junho de 2011
Quando nasce uma criança....
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Fetiches Verbais (com a colaboração de Natália Gonçalves)
Há alguns dias um amigos quis referir-se a cloaca humana que todos temos entre as nádegas, carinhosamente apelidada pelos brasileiros de cu. Mas o sujeito se engasgava e quanto mais ele se engasgava mais eu dizia "cu, cu,cu!" Ele simplesmente não conseguia e eu fui ficando nervosa e os amigos ao lado começar a repetir cu cu cu , foi um coro muito bonito por sinal, mas o pobre não disse a palavra "Não estou acostumado com esse tipo de vocabulário!" ele rugiu entredentes e mudou de assunto.
Sobre esse assunto de tão esmerada importância, falou o sábio Millôr Fernandes :
"Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
Em tempo: Cu em Portugal é a referencia que eles tem pra bunda. Vê só como estamos sujeitos a fetiches verbais culturais locais. Uma parte do corpo tão importante, sem ele nós acabaríamos igual o pintinho da piada, enfim...
Seis e Trinta e Cinco
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Isto é...Taubaté!
terça-feira, 24 de maio de 2011
La Vie en Rose
Um freezer chamado humanidade.....
Há o corpo sonolento da infecção nas amígdalas. Mas há também o corpo cansado de carregar sozinho tanta memória, tentando as vezes conseguir alcançar o mesmo nivel, o nivel dos alheios. Esses existem e me causam inveja, olhem bem caros leitores, eu tenho inveja desses seres, que não se questionam e seguem vivendo, não têm a ninguém, nem a si mesmos por sinal, por que não precisam. E quanto a mim? Eu que não me basto, eu que vivo de questões, eu que carrego lembranças, eu que insisto em respeitar meu passado. Eu que talvez vá seguindo, por que isso é mesmo de praxe e mesmo com esse pesado baú que carrego sigo para frente sem saber de chegada.
Ultimamente se há alguma surpresa com o mundo ela vem em forma de questionamento, ainda fico pensando "meu Deus quanta frieza..." e há mesmo muita frieza, mas, oras bolas, não deveria haver surpresa. Depois de tantas guerras, depois de tanto holocausto, de tanta imposição, tudo se repetindo desde que o mundo é mundo, os livros de historia e os jornais não me deixam mentir. Mesmo depois de tudo isso eu ainda me surpreender com a frieza do meu próximo só vem demonstrar o tamanho da minha inocência.Vou morrer com cem anos e não vou deixar de ser boba. Acho que é isso.Entendam como quiser.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Lá pelas duas da manhã....
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Emacipação II
terça-feira, 26 de abril de 2011
Emancipação!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Cantigas (humor de feriado)
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Esquina
Eu, o casaco do vizinho e a noite que não chega nunca....
Volto para casa ao entardecer.O céu está pouco azul e muito amarelo e o vento está cortante.Entro no meu apartamento e a noite não chega nunca.Vou então até a laje do meu prédio,o céu agora meio azul,meio amarelo.Desejo encontrar meu vizinho lá,eu já o vi subir lá algumas vezes,e seria bom vê-lo por que o vento está jogando meu cabelo para trás e eu acho isso muito poético.
Porém,lá em cima não o encontro ,na verdade eu nunca encontro ninguém,por isso já desisti de visitar pessoas. As vezes sou dramática,tenho dó de mim,como uma mocinha de novela mexicana.Auto piedade porém sempre me soou piegas,desprezo gente assim.O defeito é exclusividade minha.Faz parte do drama.
Desço a escada espiral do meu prédio rumo ao meu apartamento.A escada parece cenário de filme de terror,lúgubre com aquela luzinha meio amarelada,mas tenho que passar por ela sempre,pois não há elevadores,meu prédio é subdesenvolvido.
Chego de volta ao meu apartamento e ainda não é noite,é horário de verão,aliás que verão?É outubro e venta gelado como em junho.Parece até uma tentativa maluca do governo de importar os finais de ano gelados da Europa.
Beiro o ridículo e divago debilmente no sofá,enquanto ouço passos na escada espiral e um barulho na fechadura alheia.É o vizinho chegando ,cansado da labuta.Trabalha em fábrica.Um partidão!”, diria minha mãe. Toda mãe quer um genro que trabalhe em fábrica.
Cochilo e acabo sonhando que o vizinho vinha sobre mim e assoprava meu umbigo, com um barulho característico, como o que a gente faz com criança pequena.
Acordo assustada com a campainha.Pela janela ainda restam muitos vestígios amarelos no céu azul marinho,e eu sinto meu umbigo se perguntar se o vizinho realmente o assopraria na realidade.A campainha soa mais uma vez,impaciente. Abro a porta.È o próprio.Pergunto-me se ele também é sozinho.Deve ter uns trinta e dois anos.
-Vinte nove –ele me responde com uma xícara nas mãos.Eu não sou boa em adivinhações ou a labuta envelheceu meu vizinho?Ele veio apenas pedir café emprestado.E eu me resignei como sempre.
E nada da noite chegar.O vizinho volta para casa e eu deito no sofá outra vez.Havia um corpo estranho ali, um casaco esquecido.Deito no tapete, agarrada aquela terna lembrança, que exala odor desagradável de suor, mas é cheiro de gente, e eu sou a Robson Crusoé urbana,me apego a qualquer vestígio de humanidade.Seria o vizinho meu Sexta-Feira?Se for,chama-lo-ei Sábado ,pois no sábado é que as grandes coisas acontecem.De qualquer maneira sexta feira é dia de macumba e meu vizinho não merece tal alcunha.Sou viciada em português arcaico,amo mesóclises,me apego á elas por que foram esquecidas do vocabulário,assim como o casaco do vizinho foi esquecido em meu sofá,e eu fui esquecida do resto do mundo.
O céu agora é noventa e cinco por cento azul,já deve ter começado a novela,mas meus olhos estão pesados por isso eu os fecho tão rápido.Enfim a noite chega.Mas chega em vão,pois quando finalmente torno a abri-los,o céu está todo amarelo de novo.É dia e eu vou ter que esperar mais doze ou treze horas até ver a noite chegar outra vez.
domingo, 10 de abril de 2011
Das coisas que eu ouvi na faculdade...
"Nós os historiadores temos um problema...quero dizer, vocês têm , eu não..."
"Por que o que vocês não sabem é que um alemão já dizia isso antes do March Bloch"
"Pro pior não há limites!"
" Porrrque Varrrnhaguen dizia na página cento e quarenta e cinco de seu livro (..) da editora (...) lançado no ano (....) e no paragrafo (.....)"
"Hello, I'm Peggy Lee from Alabama!"
"E é isso, o resto da matéria a gente discute um dia no bar!"
..eu ainda me lembrarei de mais absurdos ditos pelos academicos desse Brasil. Sem o minimo vestigio de saudades, apesar dos risos.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Um Bom Partido ( breve epitafio do que viria...)
Um bom partido.Foi exatamente assim que ele se definiu.Engraçado.Foi como ver as mulheres da minha família descrevendo um rapaz que tenha um emprego numa fabrica qualquer e um carro.Não gostei.Ultimamente tenho me sentido sufocada como um peixe do lado de fora de seu aquário.Ossos do oficio de se estar no lugar errado no momento errado.Como diria uma tia ,cabeça não pensa,corpo padece.Mas,já que estamos aqui ,vamos ,que assistamos esse filme até o final, não é mesmo?Há sempre um diploma no fim do túnel,já diria o ditado.
Um bom partido. Eu já era pra ter me acostumado com esse tipo de comentário,afinal, depois de tanto tempo convivendo com tanta falta de jeito ,ou o cristão desiste ou persiste com fé.Eu tenho persistido com fé, levando nas costas meu pote sem fim de paciência.
Um bom partido.Ajoelho e agradeço a Deus tamanha benção .Todavia, a paciência que divinamente eu tenho tido tem me levando ao que os psicólogos chamariam de uma anulação de mim mesma.Pura rotina,eles dizem isso pra todas .De qualquer forma, o que os ingleses costumam chamar de myself trava uma luta diária para sobreviver.No fim do dia me sinto uma mulher de verdade....igual aquela do samba,lembra?
Um bom partido.É claro,foi só uma piada.Mas,conhecendo os homens de sua procedência sei ler o principio de verdade embutido em suas palavras.Não deixa de ser.Quando hoje em dia,vou encontrar um homem responsável ,estudioso,prestativo e bonzinho na horas vagas?Eu devia me sentir lisonjeada .
Um bom partido.E eu,uma indecisa na vida, de certa forma é assim que as coisas terminam.Não precisei viver muito para descobrir como as coisas funcionam quando se trata de relacionamentos.A principio ,sempre o principio,com a empolgação, vem a admiração.Compreensível em parte por causa da arte da retórica perfeita que me é inerente.Oras,uma mulher interessante,que fala bem,mas que no fim não se interessa por nada além de sapatos bonitos.
Um bom partido.Mas não me enquadro no seu perfil,de longe e sem óculos tenho certeza que é fácil enxergar.O que faço eu a perambular por ai com um candidato a intelectual?Ao meu QI mediano,um homem de exatas!Falta de valor por falta de valor, que eu tenha ao meu lado um homem de gorda conta bancaria.Gastar dinheiro não é algo que exija muito raciocínio de ninguém até onde sei.E a universidade tem se mostrado um antro de pseudo inteligência.O problema é que eu nunca soube fingir.
Um bom partido.Mas tenho um plano.Volto para casa da mamãe de mala e cuia e arrumo um trabalhador de alguma fábrica ,que tenha um carro.Sorte a dele,ora ora!Vai levar consigo uma Amélia cheia de veleidades culturais.Ela escreve bem,fala bem ,dança e até canta .Bordados e musicas ao piano a serem negociados.
Um bom partido.Algo que minha mãe sempre quis.Todavia ,eu de malas prontas e mudança arrumada ,ela sentou-se ao meu lado e advertiu-me sobre o tratamento que os homens daquela região destinavam as moças.Ora não seria possível,eu não acreditei.O mundo já dera voltas suficientes ao redor do sol depois que as mulheres queimaram sutiãs em praças públicas ,não era possível tamanha tolice de mamãe.Porém ela riu e hoje descobri:A tolinha era eu .
Um bom partido.Minha auto estima não gostou de ouvir isso.É claro,ela ainda existe.Mas a esperança é um sentimento mentiroso.Infeliz do homem que espera do homem um pouco de compreensão.E a arte é algo incompreendido, pobre daqueles que nasceram para ela,são uns imundos por que passam a vida tentando se fazer entender.E morrendo de fome nos intervalos.Bobagem tentar mudar.Os metódicos tomaram conta do mundo,bonecos e bonecas que me lêem,não tentem viver de arte,a menos que gostem de morar embaixo de pontes.
Um bom partido,foi o que ele afirmou.E todo castelo que tinha construído ao longo do tempo ruiu em uma frase.É o resto do myself gritando em sobrevida.Se hoje é assim,amanhã já não há.E não há desculpa.Foi o ato falho de Crasso que levou Roma ao fracasso.
domingo, 13 de março de 2011
Thiago' s Sweet Dreams..
O Tiago sempre dormia.Dormia na aula,dormia em casa.Ele sempre perdia o ônibus por que sempre dormia no ponto.Dormia nas férias,dormia na praia,dormia na praça.
As pessoas no começo achavam graça,porém ,após algum tempo se cansaram de assistir Tiago dormir no meio das conversas.Ele dormia e seu sono contagiava as pessoas.
Após a idade escolar ele passou a dar cursos para insones,nos quais ele apenas dormia e bocejava,contagiando os outros.
Se casou coma mulher de seus sonhos mas,não tiveram filhos.Ele dormiu na noite de núpcias.Se aposentou cedo,por invalidez.Era impossível trabalhar com tanto sono.
A vida para ele passou como num sonho e ele nem sentiu a diferença quando finalmente descansou em paz!