sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sobre o Silêncio e Suicídio

         Ele dizia “Certa vez uma mulher tentou matar-se quando ficou sabendo que meu pai casaria-se com minha mãe...” e eu não pude deixar de encara-lo com receio daquele orgulho todo, que no momento oportuno se voltaria contra mim sem a menor das piedades (como de fato aconteceu), como a velha lança fria corta a carne odiosa sem perguntar-lhe pela dor.
          “Tentou matar-se por meu pai!” ele ostentava  no que eu poderia ter-lhe respondido oportunamente “Vês nisso acaso alguma vantagem? Que tinha ela de menos mulher que tua mãe, para que merecesse tirar a própria vida a fim de não ver o sacrifício da felicidade alheia? Isso não dá maiores direitos a ninguém de ser feliz, menos ainda de tecer comentários orgulhosos. Se tentou matar-se era uma coitada. Pois não viu na vida perspectiva maior do que aquela de ser esposa de seu pai um dia. Saiba que essa com a sina da corda envolta ao pescoço poderia sim ter sido vossa mãe. Sua e de seus irmãos, tão orgulhosos da linhagem farta da qual vieram. Poderias ter nascido sob outro signo que não esse e talvez fosse esse até melhor do que o que carrega. Não sabes, não poderias saber, de certo. Não carregue sobre ti orgulho ante a desgraça alheia e tampouco queria esse tipo de sorte para ti. As pedras no caminho que não nos permitem avançar muitas vezes vem atiradas pela amargura de outrem e não apenas do jugo que nós mesmos carregamos. Dê graças aos céus que não matou-se, que não concluiu tão malfadada sina. Não é bonito matar-se por amor. Tampouco faz de seu pai mais homem do que os outros que não houveram por si amantes tão fieis. Mas se precisas disso para alimentar tua alma, se é esse orgulho vil o qual sustenta tua família, nada além de pena posso sentir de vocês...”  Mas não respondi e meu calei pois se há a sina da morte há também a do silêncio, sob a qual ás vezes me pego, sob a qual ás vezes eu peno.
  Mas se há justamente silêncio, há também o papel e se não pude responder-lhe na hora exata, que o signo da pena me valha e tenho escrito agora essas linhas para livrar-me de tão pesada fala.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Das festividades de Momo IV: D. Pedro I

Carnaval que é carnaval tem imaginação solta ou usando a gíria taubateana: castelo.
Pois que numa tarde dessas muito quente, onde não há forças pra pular, jogou-se um colchão rua e deitou-se todo mundo, com direito a isopor de cerveja e marchinha ao fundo, lá longe, na praça. Era hora de dismistificar alguns conceitos pré formados da historia dessa budega chamada Brasil.
"Um brinde ao século XIX!" o Leandro levantou-se e eu o segui " Pedrinho sim sabia se divertir!" e o povo continuou sem entender nada olhando pra cara dele, era óbvio, a memória das pessoas era tão apagada que ninguém mais se lembrava de como nos divertíamos no seculo XIX! Continuei "Pois estávamos jogando truco eu, Leandro ,Pedrinho e Titila. Titila era boa de truco. Pedrinho nem tanto mas como eram uma dupla, estavam ganhando de nós. Pois que tinha boas cartas na mão e naquela época só se jogava truco paulista que Minas andava meio fora de moda nas capitais. Olhei bem pra Pedrinho e disse 'Se eu e Leandrinho ganharmos esse tento, você declara independência do Brasil!' ele riu da minha cara 'Nem a pau, Juvenal!'. Ele gostava desse negócio de ser dependente de Portugal. Mas Titila, que não era boba nem nada, riu 'Tá achando que vai perder, Foguinho?'  ela chamava ele de Foguinho na intimidade e nós todos éramos muito amigos. Entre a gente não tinha esse negócio de marquesa, de príncipe, maior bobagem por que Leandrinho como duque de Jacarehy e eu como Baronesa da Estiva não gostávamos nem um pouco desse tipo de alcunha, era todo mundo de casa...!" O povo ria "Você não deveria ser Baronesa da Independência?" e eu respondo prontamente " Não, que ainda não havia independência, esqueceu? Naquela época o bairro se chamava Caveiras e Baronesa das Caveiras soa tétrico demais! Continuando , a Titila atiçou o Pedrinho que tomou cachaça, depois coragem e disse 'Vamos apostar essa budega ai!" e apostou a independência do Brasil no truco. Perdeu de dois tentos a um. Ficou puto da vida 'Vou embora então!' e saiu pisando duro, eu e o Leandrinho atrás dele ' E a aposta?E a aposta?' e ele cada vez mais puto gritando feito doido na beira do rio ' Então agora é independência ou morte?' e quando vimos, um paparazzi que andava por ali acabou divulgando a noticia. Pedrinho era homem de palavra não ia voltar atras. Acabou criando uma briga enorme com o Joãozão lá, mas isso é outra história...Sabe qual a lição que a gente aprende com isso? Jamais aposte seu país no truco... Se você perde, as consequências são terríveis! E vam'bora que daqui a pouco sai o 'Espanta a vaca!' "

Das festividades de Momo III: Pelanza

Tinha um fraco para os mais novos e não sabia explicar por quê nos últimos meses aquilo se acentuara. E quem haveria de dizer que não era certo? "Tenho uma renca de amiga que casou com dezoito anos. Aos dezesseis minha avó casou com meu vô que tinha vinte e três! Palhaçada!" ainda resmungava sozinha quando as amigas tiravam sarro e diziam: "Levarei cigarros na cadeia pra você!" . 
Mas não fazia sentido! O machismo do universo era tamanho que situações iguais se converteriam em finais diferentes, quanto apostavam?
"Vejam bem, ela dizia,  Carnaval e um cara mais velho com menina mais nova:
Policial: 'Identidades, por favor!"O Policial pega os RGs. Faz cara de escândalo "Meu senhor, o senhor está preso por atentado ao pudor, onde já se viu uma menininha dessa idade!'E a menina pode ter comido frango a vida toda, um metro e oitenta e o muque do Anderson Silva mas é frágil como uma flor ao ver da humanidade!mas o policial ainda completaria :"Poderia ser sua irmãzinha, o senhor já pensou nisso?" E iriam todos pra delegacia. O rapaz ainda argumentaria:'Seus policia, ela fez dezoito anos ontem!'
Mas o policial cumpriria seu dever "Isso é um absurdo, vamos pra delegacia agora!"
Agora se a situação se inverte:Ainda é Carnaval mas é moça mais velha com guri mais novo:
Policial: Identidades por favor!- Os dois sem graça entregariam documentos. O policial começaria a rir, bateria nas costas do menino "Mas ae garotão, heim? Pegando a mulherada mesmo! Vai fundo meu filho, que eu na sua idade também era um perigo!" devolveria os RGs e ainda sairia lembrando-se de como era boa sua juventude." 
Por essas e outras que não via mal nenhum eram todos vacinados e maiores de idade, não é mesmo? E o machismo pela primeira vez na vida vinha a seu favor. 
         Carnaval que é carnaval tá cheio de pós adolescente mal saído das fraldas querendo se firmar. E ela agradecia enternecida aos hormônios do frango!

Das festividades de Momo II: O Primo da Paulinha

                     Carnaval que é carnaval tem sempre muita gente chapada. E muita gente suada. E muito reencontros estranhos no meio da multidão.
                         Escrevi um livro nos últimos cinco anos, cujos personagens me envolveram de forma tão profunda que sinto como se eles existissem realmente. Não que não existam. A verdade é que todos eles foram um aglomerado de varias características de varias pessoas que encontrei durante minha vida, mas apenas um deles é literalmente uma determinada pessoa viva e ambulante. Um garoto engraçadinho  tinha pavor de tudo de pensar no fim do mundo. De uma inocência que chegava a causar risos, sua pior caracteristica era ter como melhor amigo um tal alpinista social fraco de cabeça e doente de alma com quem tive o desprazer de namorar certa vez. Os estragos foram terríveis.
                          Pois que ele veio disfarçado na massa dançante e suada do escaldante calor de fevereiro, mexeu comigo mas não me reconheceu. Eu ainda tirei os óculos escuros e um pedaço da fantasia "Não me reconhece?" ele riu e quando citei o nome do antigo amigo ele correu. Depois voltou, me deu um abraço demorado, mas não disse uma palavra. Sorrindo ainda acenou e sumiu  na multidão. O menininho virou um homenzarrão de um metro e oitenta, sabe Deus também como reconheci, mas essas coisas são assim mesmo. Tem gente que enxerga melhor alcoolizado.
                  Durante alguns minutos fiquei me perguntando porque cargas d'água ele preferiu se abster de dizer qualquer coisa, talvez tenha se livrado do alpinista social e não quisesse responder maiores perguntas, nunca se sabe. Passei o resto do dia com a sensação estranha de ter visto um personagem meu criar vida e vir ao meu encontro, me esquecendo porém que o personagem dele , sendo literal, foi criado primeiro por Deus, Alá., Buda ou qualquer um de sua preferência. Eu apenas o transferi para a palavra escrita. 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Das festividades de Momo I: O Gringo

       Carnaval que é carnaval tem gringo tentando sambar, tem gringo tentando cantar marchinha, tem gringo tentando socializar. Ainda mais que,  depois do terceiro copo, todo mundo é poliglota ou como diria uma amiga (depois de muito mais de três copos) : poliglicêmico! 
          Então que o carnaval foi muito carnaval e como não podia deixar de ser o Gringo estava meio perdido pelas ladeiras bonitinhas perguntando "Do you speak English?" pra quem passava. Estavam sentadas a Índia e a Anja, mas a Índia não gostava de estrangeiro, olhou pra cara dele e apontou a Anja "Ela does!" e o Gringo sentou também. 
        Carnaval que é carnaval tem gringo sambando e tem brasileiro tentando dar uma de gringo. Pouco antes dois "argentinos " de sotaque carioca ainda haviam passado por ali .Portanto, pra não gastar latim a toa, berrou "Duvido que você é gringo!" e o Gringo, de dentro de sua impaciência europeia mostrou o ID com sua foto loira: " Poland". Mas a turma ficou chamando ele de alemão mesmo. Menos a Anja que lá pelas tantas lembrou que a Polônia, além de fria pra burro, era a terra natal do João Paulo II e o gringo virou "the pope land guy" que lá pelas tantas virou Popeye .
       "Vou pegar sua aureola de anjinha!" ele disse em português enrolado por que a Índia era taxativa "No Brasil como os brasileiros, fale português!" e o Gringo se esforçava, mas havia também a preguiça. E a Anja encantada por que o Gringo, quando falava inglês, conjugava direitinho todos os verbos da terceira coluna! Mas mesmo assim, levar a aureola não, que palhaçada era aquela agora? "Eu troco pela minha máscara!" e ela negou "Já tenho a minha!" que era de fato muito mais bonita!
      A parte deprê da noite veio pra provar que gente filha da puta é igual a fungo, tem no mundo todo menos no deserto onde não mora ninguém! A Índia falou do antigo Índio que gostava de dormir em outras ocas por ai. A Anja falou do Anjo com o qual durante muito tempo dividiu a nuvem mas por quem acabou sendo empurrada  dessa mesma nuvem com a cara no chão duro da realidade (álcool = filosofia) e o Gringo falou da Gringa e dos quatro. Quatro anos que ele já não conseguia esquecer que ela havia 'gringado' pelos corredores da Polônia com quatrocentos gringos feito ele ( "A Polônia é um país formado apenas por gringos!!" a Anja ainda pensou querendo rir mas não podendo por que a história do gringo era a mais triste de todas!)
         A Índia tinha cafeina no sangue andava de um lado para o outro balançando seu chocalho e rindo sozinha. A Anja não parava de falar por que estava sofrendo da tal da "poliglicemia" e o Gringo toda hora" please be quiet, let me speak!" "Don't tell me to be quiet on my country, on my carnaval!" e o Gringo "God, impossível conversar se você não para falar!" e quando ela se calou  descobriu que na Europa as pessoas acham que Coldplay é uma banda de menininhas " Por mim tudo bem se tem algo que gosto na vida é boy band, pelo menos essa não é do fim dos anos 90!"  respondeu dando risada.
        Noite curta aquela, quando se viu eram 6 da manhã, quando se viu já tinha o sol  "Seus pés são os menores do mundo!" ele percebeu com assombro e ela ficou se perguntando se isso era elogio polonês ou constatação da realidade mesmo. 
         No final das contas era preciso mesmo dormir por que ainda havia muito carnaval pela frente, a Índia há muito já se jogara nos braços de Morfeu e a Anja quis ir embora. Ele insitia " Gimme the hallo!"  e ela só convenceu quando ele disse que colocaria a fantasia numa caixa lá na Polônia e um cara que ás vezes usava um boné e era mais conhecido como Mr Postman traria de volta o que era dela.                  Tamanho era o sono que ela riu da piada e entregou parte da fantasia para o Gringo finalmente e pegou a mascara dele para si. Foi dormir rindo sozinha. Fossem outros os tempos...Enfim, fossem outros os tempos o coração se encheria de sonhos, mas haviam agora as paredes ( "You should put them down if you want to be happy again!" he said) e havia também a folia. E o sonho com um carnaval que durasse mais seis dias!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Esbaldar-me-ei na corte imperial (Eu, Pedrinho e Titila!)

            E então ela foi falando sobre o namorado que morava no Rio de Janeiro e estava há horas preso dentro do trem, perto da Central do Brasil "no Rio faz um calor meio estranho" e eu me lembrei de uma vez que fui pra lá com as freiras  e passei mal numa das missas por que estava muito abafado. Eu quis comprar um coco gelado e quiseram me vender um por cinco reais lá na porta da igreja, numa época em que com um real voce comprava uma pizza, um guaraná pequeno e um pacotinho de pastilhas da garoto na cantina da escola. Fiquei abismada com o valor do coco e preferi passar mal o resto do dia mesmo a dar cinco reais da minha mesada naquele absurdo.
           Claro que adoro o Rio de Janeiro. Uma simpatia que não se estende aos cariocas, claro. Por que me chamam de paulista como se eu não tivesse nome e também por que tiram sarro do meu sotaque. Anyway gosto do lugar e na verdade lamento não poder me esbaldar nele.  Sou pobre e moro em São Paulo, me esbaldo no Piracuama no domingo a tarde. Uma pena mesmo.
              Quando penso no Rio de Janeiro tenho dó do seculo XIX. "Do século XVIII voce não tem pena?" ela ainda me pergunta risonha e eu digo que não. No seculo XVIII ainda não tinha essa frescura de corte, o povo andava mais peladinho, mas pelo amor de Deus, o século XIX espartilhando e  sufocando devia deixar as pessoas tão irritadas umas com as outras que suicidio, tuberculose e teorias eugenicas foram o maior estouro naquela epoca!
          Eu, se fosse o sol do Rio de Janeiro no século XIX, me divertiria em brilhar como louca pra torrar as cabeças enchapeladas, os casacos de grossa lã londrina  e ver cariocas esvaindo-se em suor. . Não vou entrar no méritos de brasileiros serem babacas e seguirem modismos estrangeiros mesmo que esses lhe imponham sofrimento exagerado. Na verdade esse é todo o mérito, mas tô com preguiça de discussões ideologicas e só quero mesmo salientar que tenho dó do século XIX e imagino o cheiro dessa gente que só tomava banho com indicação médica e cujo rei guardava coxinhas de frango no bolso do casaco de veludo (!!!!!!!).
       Tenho muita dó do seculo XIX ! Ficar preso no trem deveria ser uma coisa muito pior do que é hoje em dia, tentei explicar-lhe para que tivesse menos dó do namorado preso no vagão do trem há tantas horas na capital fluminense.  Não é um pensamento original esse meu. Na verdade todo professor de história fala isso quando vai dar aula de costumes no Império. Pois que não somos originais, o que contamos sempre já aconteceu e sempre todos estão carecas de saber. No Rio de Janeiro faz calor desde que o Brasil é Brasil. Simples assim. Dentro e fora do trem. A diferença é que o povo no Leblom não sente!


ps: Um grande viva a D. Pedro que foi o primeiro ( hã hã entendeu trocadilho???), a se esbaldar no Rio de Janeiro, mesmo com casacos de veludo e sol sádico, não satisfeito arrumou ainda uma amante paulista e veio se esbaldar em São Paulo também, as margens do Tiête. Esse era malandro. O resto é História.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

70 virgens

                  Estava de fato um sol escaldante por aqueles dias pelo simples fato de que ninguém mais estava de férias para poder aproveitar o calor. Ela ainda olhou pro teto e pensou"São Pedro esse sádico..." e o ventilador continuou rodando por horas a fio. Ventiladores não se cansavam mas era muito chata aquela história de não fazer nada, por que nem mesmo ao ócio contemplativo poderia dedicar-se. Paredes e mais paredes e mais paredes pintadas (pensou na musica do Legião, mas há tempos que Renato Russo perdera a graça ).
                  E assim, então pensara, melhor quieta do que mal acompanhada, não era do tipo que mexia com ninguém.  Olhou as unhas, ainda eram três da tarde pensou um palavrão depois abriu de novo a maldita rede social que hipnotiza e transforma qualquer ser humando em escravo zumbi da nova postagem alheia.
              O mundo mudara muito pouco desde que explodiram alguma partículas num passado não muito distante. Pois que gostaria tremendamente de trabalhar de roupas mais confortáveis, talvez um biquini, mas o patrão não permitia e tampouco comprava ar condicionado para aquelas paredes ficarem menos quentes.  "Acabaremos todos sofrendo combustão espontânea..." pensou enquanto cogitou ir até onde estava a bolsa e pegar um cigarro. Desistiu. A bunda já tomara o formato a cadeira, estava presa ali como a madrasta da Xuxa em Lua de Cristal no final do filme.
         E o mundo mudara muito pouco mesmo desde que resolveram decorar cavernas com desenhos de animais, por mais que insistissem em dizer que não. Pois não mudara nada e tampouco ela também, torcendo por ai pra ser arrastada pelos cabelos pelo primeiro neanderthal que aparecesse. E tanto queimou-se sutiã em praça publica...uma pena, uma pena, uma pena. 
         "Toda mulher é idiota!" Comeu um chocolate e pensou em putaria, o mundo mudara era nada! Aliás se havia uma coisa, apenas uma única coisa que mudara naquele trem todo era cabeça das mulheres, que ia de mal a pior, os anos iam passando, o fim do mundo ia chegando e todas iam ficando cada dia mais burras, era tão lindo de se ver...
             As redes sociais ficavam um tédio no calor, assim como frio, e todo mundo é muito legal na rede social.  E o bonitinho lavando a louça fazendo pose como se fosse um favor a humanidade "Ei, sou um homem fazendo serviço de mulher!" dizia sem precisar falar e as burras todas achando aquilo lindo, por que somos cada dia mais burras, puta que pariu! mas achou bonitinho também.
          Pois que se queimaram sutiãs, greves de fome foram feitas, assim como passeatas e manifestações e  depois de adquirido (ainda que de forma muito controversa) o direito de usar a minissaia ainda passavam seus dias babando em meninos posando em serviços domesticos!" Nenhuma de nós coloca foto lavando banheiro, é feio e comum que uma mulher lave o banheiro. Um grande viva a civilização judaico-cristã-ocidental!" E depois ainda rindo ficou se perguntando que graça tinha o céu do islã pra uma mulher bomba, que teria que passar a eternidade inteira aturando setenta virgens!      Não, o mundo era mesmo machista. E houveram boatos que a humanidade estava na pior. Mas ainda assim olhando aquela foto ela teve certeza:podia piorar.